segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Livros Didáticos e Paradidáticos


Sabemos que o ensino de História vem passando por transformações significativas desde a década de 80 (BITENCOURT, 2004), passando de um ensino de História baseado na cronologia para outro referenciado em temas e conceitos.

Atualmente, professores de História têm afirmado a existência de uma dificuldade de seus alunos, em especial os da rede pública, para compreenderem o conteúdo da disciplina. Será esta uma dificuldade dos alunos, em sua aprendizagem, dos professores, no ensino dessa disciplina, ou um momento crítico da tarefa de ensinar e aprender o conhecimento histórico escolar?

Frente aos avanços tecnológicos, faz-se necessário ao docente ampliar os horizontes do conhecimento através dos novos meios que a sociedade apresenta e que exige cada vez mais, pessoas com senso crítico para enfrentar as novas formas de linguagens impostas pela mesma.
A explicação da tecnologia na educação não se pode fazer isoladamente deve-se inserir ai os livros didáticos e paradidáticos. Tecnologia é uma ferramenta para fazer com que os objetivos sejam alcançados com mais qualidade e inovação. Entretanto, deve-se proporcionar aos professores: equipamentos para que os mesmos fiquem em sintonia com a globalização e realizar capacitação na área tecnológica.

Os professores de história buscam usar livros didáticos e paradidáticos para poder facilitar o saber para o aluno, transmitindo os conteúdos de forma inovadora, tornando a aula e a matéria atraente. O retroprojetor, os filmes, os computadores, micro-sistem e datashow são recursos tecnológicos, que fazem com que as aulas se tornem descontraídos, atualizadas, envolventes e informativas. Até mesmo o celular se fosse usado adequadamente, poderia ser um recurso para o processo de aprendizagem, dos alunos, pois estes poderiam gravar as aulas e tirar suas dúvidas posteriormente, através dos torpedos.



Combater a falação cansativa e monótona na aula, é um dos objetivos dos professores que utilizam tais recursos.

Na busca de novos caminhos, os professores de História devem inserir os livros como fonte documental para o ensino da disciplina. A leitura é um instrumento didático-pedagógico privilegiado para o ensino de História. O objetivo é despertar no aluno o senso crítico para que ele não seja levado apenas pelos recursos tecnológicos, sobretudo trabalhar o conhecimento, unindo teoria e prática.

O foco desse blog é privilegiar o uso das linguagens alternativas na sala de aula e no ensino de história; inserir livros didáticos e paradidáticos nas aulas de historia só tem a acrescentar na formação dos alunos, pois os livros mais desenvolvem uma linguagem alternativa, um repertório de palavras cada vez mais diverso e culto, é imprescindível que livros didáticos e paradidáticos sejam bem formulados e de acordo com a realidade de cada região.

Com a proposição da construção de livros didáticos participativos e a prática do ensino de História a partir do estudo da realidade de cada região buscamos investigar e discutir as características dos materiais didáticos participativos produzidos no processo de ensino-aprendizagem possibilitam transformações na realidade social da comunidade.

O livro didático (LD) não pode ser compreendido isoladamente, fora do contexto escolar e social. É um produto cultural - com suas especificidades, é claro - e, portanto, conformado segundo a lógica da escola e da sociedade onde está inserido. Numa sociedade de classes, capitalista, como a brasileira, o LD não poderia fugir à lógica que rege esta sociedade, em que as classes dominantes procuram, não só garantir e ampliar a acumulação de capital (e o LD deve ser visto como atividade econômica que possibilita isso), como também veicular as visões que lhes interessam e neutralizar possíveis oposições.

Já foi salientado à exaustão, por exemplo, como os livros didáticos de História procuraram e procuram ainda construir uma memória oficial, onde têm vez os "grandes homens" das classes dominantes, o nacionalismo, e onde os conflitos sociais são omitidos ou atenuados.
O livro didático de História tem cumprido a função de veicular a ideologia das classes dominantes e possibilitar a reprodução da ordem burguesa. Muitos deles veiculam um conteúdo “factual”, fragmentado, em que inexiste a idéia de processo, estrutura e temporalidades que não sejam a curta, episódica. Neste sentido, podem ser vistos como um instrumento de degradação do ensino de História (não vilão). Porém, o professor, se tiver uma formação teórica e política sólida, poderão trabalhar as limitações do LD. Se tiver clareza do que quer, e condições de trabalho e salariais, poderá, por exemplo, explorar com os alunos uma comparação entre vários LD, de modo a levá-los a produzirem um conhecimento comparado e a perceberem, através das diferentes interpretações sobre um determinado fato histórico, que a verdade histórica é relativa, provisória, e está sempre em construção e que não há verdades absolutas em História. Em outras palavras, o professor e os alunos, em vez de serem guiados e usados pelos LD, poderão, num processo de construção coletiva do conhecimento, usar tais livros, transformando-se, assim, em sujeitos da História (dimensão política que deve ser desenvolvida no ensino da História) e sujeitos do conhecimento (dimensão epistemológica).

Deixamos aqui para o deleite aos interessados no assunto, Educação/História algumas indicações de livros didáticos e paradidáticos.

PARADIDÁTICOS

· ÁFRICA-CONTADOR DE HISTÓRIA DE BOLSO.
· O NEGRO EM VERSOS
· A MBIRA DA BEIRA DO RIO ZAMBEZE
· ATLAS AFRO - BRASILEIRO - CULTURA POPULAR
· BIA NA ÁFRICA
· UMA HISTÓRIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA
· A FELICIDADE NÃO TEM COR



DIDÁTICOS

· HISTÓRIA-SOCIEDADE E CIDADANIA - 6ª SÉRIE
· HISTÓRIA EM DOCUMENTOS - IMAGENS E TEXTOS
· HISTÓRIA - PROJETO ARARIBÁ
· HISTÓRIA –DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO.
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· HISTÓRIA EM DOCUMENTOS-IMAGENS E TEXTOS
· HISTÓRIA - PROJETO ARARIBÁ
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